Que o São Bento dos anos 50 até meados dos anos 70 era um time imbatível em Itapecerica, quem acompanha o blog já sabe. Sabe também que a equipe realizou diversos amistosos contra alguns dos grandes clubes do país e ainda contou com o grande Piazza, do Cruzeiro e da Seleção Brasileira, às vésperas da Copa do Mundo do México.
O Leão da Colina fazia partidas duríssimas naquela época. Sim, eu sei que isso pode parecer estória de pescador ou mais um papo furado daquele tio idoso saudosista que adorava acompanhar o Botafogo do Garrincha pela Rádio Nacional, mas tudo que é relatado aqui trata-se da mais cristalina verdade.
Bom, a história do Maestro Piazza no Bentão você vai conferir em outro post. Este é para falar do dia em que o Atlético-MG, o Galo de Belo Horizonte, visitou Itapecerica para encarar o Leão. Isso mesmo! Em 10 de novembro de 1968 o maior clube de Itapecerica, então ostentando 13 títulos municipais consecutivos, enfrentou o maior campeão estadual das alterosas.
O alvi-negro foi Campeão Brasileiro 3 anos mais tarde, creio que os atleticanos jamais imaginariam que estavam prestes a iniciar um jejum de 42 anos sem títulos importantes. Enfim, naquela tarde de domingo o Galo da Capital foi escalado pelo técnico José Luis Barbosa com: Hélio (Careca); Sabará, Zito, Edmar e Chico; Adílson e Wilson (Henrique); Lacy, Fiote, Beto (Grimaldi) e Caldeira (Reis).
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| Atlético-MG na Taça de Prata de 1968: Humberto Monteiro, Mussula, Vânder, Vanderlei, Djalma Dias e Cincunegui; Vaguinho, Beto, Fioti, Amaury e Tião. |
Não há registro da escalação do Leão da Colina, mas a base do time montado pelo Professor Wilson, contava com: Luiz; Edinho, Adilson, Geraldinho e Jaime; Paulinho, Tiãozinho, Batoque e Celso Saturnino; Luizinho Federracha e Dinga.
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| São Bento Campeão Itapecericano de 1968: Luiz, Edinho, Adilson Tio Patinhos, Geraldinho, Jaime, Paulinho, Tiãozinho, Prof. Wilson (treinador) e Benedito Remela (massagista). Batoque, Celso Saturnino, Neném Remela, Luizinho Federracha, Adalto e Antônio Carlos do Zé Dias. |
A partida marcou a estreia do goleiro Careca com a camisa do Atlético-MG e, após intensa peleja, o atacante Reis, que entrara no lugar do jogador Caldeira, marcou o gol da vitória do time de Vespasiano. A torcida alvinegra fez a festa na Bombonera, provavelmente engrossada pelos adeptos do União de Itapecerica, o Galo do Arranca-Toco.
O São Bento perdeu o confronto, mas ficou o registro. Os dados foram extraídos de um
site ligado ao Galo e mostram que o Leão da Colina nunca se curvou mesmo diante dos mais duros adversários e ainda que, ao menos naquela época, era capaz de encarar equipes profissionais frente a frente.
Não à toa essa foi considerada a “Era de Ouro” do Leão, período de domínio sobre o futebol itapecericano que se estendeu por mais 7 longos anos. Era um esquadrão, reconheça-se, de nível profissional e os demais clubes da cidade jamais teriam forças para encará-lo.
